quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cuidados com o sistema de injeção eletrônica

Cuidados com o sistema de injeção eletrônica

Em 1989, chegava ao mercado o primeiro automóvel brasileiro com injeção eletrônica: o Gol GTi 2.0, anunciado na época como uma revolução. Hoje, praticamente todos os carros nacionais saem de fábrica com injeção eletrônica. O que antes era privilégio dos veículos de luxo e alta performance agora está ao alcance de todos; mas para manter seu motor à injeção funcionando com máxima eficiência, é preciso seguir algumas recomendações importantes. A manutenção preventiva deve ser a regra, visto que as peças do sistema eletrônico são bem mais caras que as do sistema carburado. “É importante manter as peças periféricas do sistema sempre em boas condições. Velas e cabos são baratos, mas se estiverem funcionando mal, podem danificar peças muito mais caras, como os sensores ou a central eletrônica da injeção”, resume Adriano Figueiredo, gerente da oficina Airbrush, situada em Benfica, Rio de Janeiro.
Injeção eletrônica com problemas é sinônimo de motor engasgando e rendendo pouco. “A marcha lenta fica irregular, o carro parece perder potência e passa a andar mal em baixas velocidades ou em ponto morto. Podem ser sintomas típicos de injeção pouco eficiente”, diz Figueiredo.
É fundamental que o motorista siga com atenção as especificações do manual do proprietário. Estão descritas lá, por exemplo, a periodicidade em que os bicos injetores, velas e válvulas devem ser limpos, bem como a durabilidade dos filtros de combustível. “A limpeza dos bicos injetores é a medida mais fundamental na manutenção preventiva. Pelo menos a cada 30 mil quilômetros eles devem limpos, o que evita que sujeiras e resíduos do combustível prejudiquem o funcionamento do sistema”, explica o gerente.
Na hora da manutenção, escolha oficinas especializadas em serviços de injeção – os vários componentes eletrônicos do sistema demandam conhecimentos específicos. “Procure saber se a assistência tem aparelhagem necessária e pessoal especializado para as regulagens”, ressalta.
  • Evite fazer o carro “pegar no tranco”
O gerente dá algumas dicas que devem ser seguidas cotidianamente. Ao volante, evite “bombear” o acelerador ao ligar ou desligar o motor, e nunca tente fazer o carro “pegar no tranco”. Fazer isso joga excesso de combustível na câmara de combustão, o que prejudica a eficiência da injeção. Fique de olho no painel; carros com injeção eletrônica dispõem de uma luz-espia que se acende em caso de pane no sistema. Se acender, leve o automóvel imediatamente para uma oficina. Evite também andar na reserva. A sujeira depositada no fundo do tanque entra no sistema de alimentação e entope filtros e bicos injetores, além de superaquecer a bomba. O oposto também deve ser evitado: encher o tanque “até a boca” pode danificar a bomba e as válvulas de injeção. “E nunca é demais recomendar o cuidado com a qualidade do combustível que se põe no tanque. Abasteça apenas em postos de confiança”, afirma Figueiredo.
Injeção eletrônica economiza combustível
A injeção eletrônica é o sistema de alimentação de combustível que aposentou os carburadores – melhorando o desempenho dos motores, diminuindo seu consumo e reduzindo a emissão de gases poluentes. Ela permite um controle mais completo da mistura de ar e combustível que entra no motor. Trabalhando sempre com a mistura adequada, o motor ganha em desempenho e gasta menos gasolina ou álcool. O sistema faz a leitura de diversos sensores espalhados em pontos estratégicos do motor, examina as informações e com base em outros dados gravados em sua memória envia comandos para diversos atuadores. Esse procedimento é efetuado varias vezes por minuto. A injeção eletrônica também dispensa o uso do afogador, hoje uma “peça de museu”.
O “cérebro” de um sistema de injeção eletrônica é a central, na qual ficam gravadas as informações do veículo e os seus parâmetros de fábrica. É a central que realiza os cálculos programados para gerenciar o motor. As informações chegam à central pelos sensores (que medem temperatura, aceleração, rotações do motor e outras variáveis) e são transmitidas para os atuadores (injetores, bomba de combustível, bobinas, ventiladores e outros).

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